sexta-feira, fevereiro 27, 2015

Slater - Cruz Vermelha Denuncia Ataques a Equipes que Lutam contra o Ebola

Cruz Vermelha denuncia ataques a equipes que lutam contra o ebola
Último incidente foi em Guiné, quando voluntários foram agredidos. OMS alertou que esses ataques dificultam a luta contra a epidemia.
12/02/2015 10h20 - Atualizado em 12/02/2015 10h24
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e a Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) alertaram nesta quinta-feira (12) sobre os contínuos ataques sofridos pelos trabalhadores e voluntários das entidades que lutam contra o ebola na Guiné.
"Por causa do medo e da desconfiança que cerca a doença do vírus do ebola, os trabalhadores e voluntários da Cruz Vermelha são atacados constantemente pelas comunidades", denuncia um comunicado dos organismos.
O último incidente registrado foi no domingo, na cidade de Forécariah, no oeste do país, quando dois voluntários da Cruz Vermelha foram espancados quando tentavam enterrar um morto por ebola.
Forécariah teve um aumento no número de casos nas últimas semanas. A Cruz Vermelha denuncia que foi registrada uma média de dez ataques mensais - desde insultos até agressões físicas - contra voluntários da Cruz Vermelha na Guiné desde março.
"Os voluntários da Cruz Vermelha na Guiné trabalham dia e noite para salvar as comunidades. Os atos de violência contra eles são inaceitáveis", afirmou Youssouf Traoré, presidente da Cruz Vermelha na Guiné, citado no comunicado.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já advertiu na quarta-feira (11) que em todas as prefeituras da Guiné que registraram casos de ebola também tiveram "pelo menos" um incidente de violência na semana passada.
A OMS alertou várias vezes que esses ataques dificultam as tarefas de luta contra a epidemia, evitando um efetivo controle e tratamento dos pacientes, o que dificulta as tarefas de vigilância epidemiológica e acompanhamento de cadeias de transmissão.
Os enterros seguros são uma das atividades mais importantes no controle da doença. O momento em que o paciente morre é quando o vírus está mais expandido e perigoso, por isso é o momento com o maior risco de contágio para quem mexe no corpo.
"Se os voluntários não puderem chegar à comunidade para enterrar os mortos, a comunidade inteira fica em perigo", advertem as entidades.
"Podemos ter todo o material e o equipamento médico necessário para salvar as pessoas, mas enquanto não mudarem as percepções em relação à doença, ela não desaparecerá", alertou Traoré.
Desde o início da epidemia, a Cruz Vermelha tem realizado atividades de informação que chegaram a um milhão de pessoas para lutar contra os preconceitos e o estigma, mas certamente essas mensagens não chegaram a toda a população.
"Agora não é o momento de ser complacentes. É o momento de seguir adiante até que consigamos levar os casos a zero", afirmou.
A OMS assumiu na quarta-feira que a incidência de casos de ebola aumentou pela segunda semana seguida, para 114 novos casos, em parte pela falta de colaboração da população, o que indica que ainda há muito a fazer para controlar a doença.

Slater - Chance de Cura para a Infecção do Ebola

Chance de cura

Cientistas desvendam mecanismo de infecção do Ebola

Descoberta de molécula capaz de impedir a infecção pode ser o primeiro passo para desenvolver uma droga contra o vírus

27/02/2015 | 12h00
Um grupo de cientistas desvendou o mecanismo usado pelo vírus do ebola para infectar uma célula e descobriu que a tetrandrina - uma molécula de origem vegetal -, é capaz de frustrar a "estratégia" do vírus, impedindo a infecção pelo Ebola em testes feitos com camundongos. Os autores do estudo, publicado na revista Science, acreditam que a descoberta pode ser o ponto de partida para o desenvolvimento de uma droga contra o ebola. 

A equipe, liderada por Robert Davey, do Instituto de Pesquisa Biomédica do Texas (Estados Unidos), descobriu que, para invadir uma célula, o vírus do ebola depende de canais de cálcio - estruturas semelhantes a "túneis" em membranas das células, que permitem que elas transmitam cargas elétricas entre si, controlando vários processos celulares. Ao ser engolidas pelas células, partículas do vírus ficam armazenadas em "depósitos" chamados endossomos. Para completar a infecção, essas partículas virais precisam passar pela membrana do endossomo, espalhando-se por vários compartimentos da célula. 

Testes com antiviral japonês contra o ebola têm resultados positivos

De acordo com os cientistas, para entrar no endossomo, o vírus usa canais de cálcio de duplo poro que existem em sua membrana. Em estudos anteriores, eles já haviam descoberto que os canais de cálcio eram importantes para a infecção. 


— Mas nós não fomos capazes de identificar os mecanismos envolvidos nesse processo. Com a nova pesquisa, nós descobrimos canais de cálcio de duplo poro que estão envolvidos na infecção do vírus Ebola. Esses canais precisam ser 'ligados' para que o vírus funcione direito — disse Davey. 

Os autores revelaram, no artigo, o papel crítico dos canais de dois poros na infecção por ebola - algo que até hoje não havia sido demonstrado em nenhum outro vírus. Além de identificar o mecanismo da infecção, a equipe também mostrou que drogas capazes de agir nessa interação apresentam alguma eficácia como potencial tratamento contra a doença causada pelo vírus ebola. No estudo, os cientistas determinaram que as drogas atualmente utilizadas para tratar pressão alta têm a capacidade de "ligar e desligar" esse sensor de cálcio. 


Morcego deu início ao surto de ebola, aponta estudo


Em parceria com um grupo em Munique, na Alemanha e com o Instituto de Pesquisa do Sudoeste (Estados Unidos), a equipe testou diversas pequenas moléculas para ver qual seria a mais eficaz para desativar os sensores e, assim, impedir os movimentos do vírus ebola na célula. A equipe descobriu que a tetrandrina, extraída de uma planta asiática, foi capaz de proteger camundongos da doença sem efeitos colaterais evidentes. A substância foi considerada a melhor candidata para futuros testes em animais - por ser o mais potente composto testado e por ter mostrado poucas evidências de toxicidade. Com isso, ela requer uma dose menor para ser eficaz e tolerável. 

— Quando testada em camundongos, essa droga impediu a replicação do vírus e salvou a maior parte deles da doença — disse Davey. 


O que esperar da ciência em 2015


A droga, segundo o estudo, mostra a capacidade de parar o vírus antes que ele tenha a chance de interagir com fatores celulares, impedindo que ele continue seu processo de infecção. 


— Estamos muito animados com o progresso feito nesse estudo. O próximo passo do processo será testar a segurança e a eficácia das interações entre essa droga e o vírus ebola em primatas não humanos — disse o cientista. 

A tetrandrina, no entanto, não foi aprovada para uso em humanos na maioria dos países e a dose que foi dada aos camundongos poderia ser tóxica se a proporção equivalente fosse usada em humanos.

Slater - Mitos e Verdades na Prevencão da Dengue

Especialistas explicam os mitos e verdades na prevenção da dengue
Inhame é conhecido como alimento de cura da doença. Método mais eficaz é acabar com os focos do mosquito.
26/02/2015 12h01 - Atualizado em 26/02/2015 16h07
Várias cidades do Centro-Oeste Paulista estão preocupadas com o crescimento nos casos de dengue e, algumas, inclusive já é resgistrada uma epidemia da doença. É o caso de Marília, que tem quase 4 mil casos registrados e 10 mortes confirmadas por hospitais da cidade. E nesta época das chuvas de verão, quando o mosquito da dengue mais circula surgem muitos mitos e verdades sobre a prevenção da doença.
Mas, os especialistas reforçam: não existe método mais eficaz do que impedir a formação de focos do mosquito transmissor. “A medida mais eficaz contra a dengue é erradicar os focos, do mosquito, das larvas, então a higiene de caixas de água, essas coisas que se noticiam regularmente e isso tem que ser feito com regularidade, a cada 10 dias, tudo bem limpo, as caixas de água sempre fechadas, porque se não há o risco de proliferação”, explica o infectologista Marcelo Pesce.
Dengue preocupa moradores de Resende, RJ (Foto: Reprodução/TV Rio Sul)Medida mais eficaz é eliminar os focos do mosquito
(Foto: Reprodução/TV Rio Sul)
Só que o medo de contrair a doença é tão grande, que algumas pessoas, além de cuidar da casa, ainda adotam outras medidas de prevenção. “Eu passo o repelente, num sei se adianta, mas eu acho que sim, acho que protege”, conta Neuraci de Oliveira. Já a artesã Ana Paula Galego aposta na citronela. "Eu plantei citronela em casa, mas num sei se resolve", completa.
O médico comenta essas medidas. “O repelente funciona desde que ele seja aplicado com intervalos de no máximo 3 horas. Já a citronela, a gente não tem nada que seja sabidamente eficaz.”, ressalta o infectologista.
Inhame cura?
O inhame é popularmente conhecido como um alimento que cura a dengue. Seria mais um mito? O especialista Marcos Vinícius Siqueira explica que nenhum alimento tem o poder curativo da dengue.
"A população leiga precisa entender que o inhame e nenhum outro alimento tem o poder curativo da dengue e de fato não existe nenhum princípio ativo, nenhuma medicação que possa curar a dengue", destaca.
Inhame é popularmente conhecido por curar a dengue  (Foto: Reprodução / TV TEM)Inhame é popularmente conhecido por curar a dengue (Foto: Reprodução / TV TEM)
Mitos e verdades 
Além dessas informações dos médicos. A Secretaria de Saúde de Bauru também divulgou outros mitos e verdades sobre a dengue, os principais são: 
- Ar condicionado e ventiladores matam o mosquito - Mentira
- Colocar pó de café na água das plantas mata as larvas - Mentira
- As larvas do mosquito só se desenvolvem em água limpa - Mentira
- O mosquito Aedes Aegypti pica mais nas pernas - Verdade
Escola conta com 16 aparelhos de ar-condicionado (Foto: Reprodução/RBS TV)Uso de ar-condicionado não mata o mosquito
(Foto: Reprodução/RBS TV)
Mas e se mesmo com todos os cuidados, a pessoa ainda pegar dengue, o médico infectologista explica que o paciente precisa tomar muito líquido, seja água, suco ou mesmo soro.
“Precisa ingerir líquidos em uma quantidade que a pessoa perceba que a urina está mais clara. E é ideal que se procure um serviço de saúde, o médico do convênio, ou posto de saúde, pronto-atendimento, para que o profissional identifique as condições desse paciente e tome as medidas necessária”, completa.
Ainda sobre os mitos  na prevenção da dengue, o G1 entrevistou o entomologista Ricardo Lourenço, do Instituto Oswaldo Cruz, para saber quais são os principais. Faça o teste abaixo no seu computador (não disponível em mobile) e veja como estão os seus conhecimentos.

Slater - Urgente, Primo da Dengue, Febre Chikungunya pode matar


Transmissores da febre Chikungunya são os mesmo da dengue, os mosquistos Aedes aegypti e Aedes albopictusFoto: Ivo Gonçalves/PMPA / Divulgação
Considerado "primo da dengue", o vírus que causa a febre Chikungunya — ele não é letal, mas tem sintomas graves — pode estar circulando na Capital. A suspeita recai sobre um paciente que viajou recentemente ao Caribe e está sendo investigado. Por isso, nesta quinta-feira, a prefeitura vai realizar uma ação de prevenção no bairro Partonon, região onde o paciente mora, trabalha/estuda.
Para realizar a aplicação de inseticida e evitar a transmissão do vírus, serão feitos bloqueios rápidos nas ruas Luiz de Camões, São Francisco e Euclides da Cunha (veja quais os trechos de cada rua abaixo). A ação está prevista para iniciar às 9h30min.
Segundo a Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, equipes de Vigilância de Roedores e VetoreHoratão fazendo o monitoramento do mosquito vetor com armadilhas na região do Pertenon.
Veja os trechos que serão bloqueados:
- Rua Luiz de Camões, entre a rua São Manoel e Avenida Ipiranga
- Rua São Francisco, entre as ruas Luiz de Camões e Euclides da Cunha
- Rua Euclides da Cunha, entre as ruas São Manoel e  São Francisco
SAIBA MAIS SOBRE O VÍRUS
Como é a transmissão?
A febre não é transmitida de pessoa para pessoa. O contágio se dá, aqui no Brasil, pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus (menos comum no país), que se proliferam em água parada. Em torno de sete dias após picar uma pessoa contaminada, os mosquitos podem transportar e transmitir o vírus durante toda a vida.
Quais os principais sintomas?
No início, os sintomas são muito variados e semelhantes aos da dengue. A grande diferença está nas dores musculares e articulares, semelhantes às da artrite, bastante severas e que podem durar semanas ou até meses.
A doença pode matar?
Diferentemente da dengue, que possui uma variação mais severa — a hemorrágica, cuja taxa de mortalidade pode superar os 10% —, a febre chikungunya não costuma atingir um quadro tão grave. Conforme o Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade é muito baixa e não alcança 1% dos infectados. Casos de óbito normalmente ocorrem em pessoas cuja imunidade já está muito debilitada devido a outras complicações.
Como tratar?
Não há tratamento para curar a infecção, nem vacinas. O cuidado é paliativo, com uso de remédios como paracetamol e anti-inflamatórios para aliviar os sintomas. Se as dores nas articulações forem muito severas e permanecerem por muito tempo, o médico pode recomendar o uso de corticoides.
Como se prevenir?Valem as mesmas regras de prevenção à dengue, que é feita pelo controle do mosquito transmissor. Evitar acúmulo de água parada, usada pelos insetos para se reproduzir, é a principal medida. Além disso, quem viajar a locais com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, ilhas do Caribe, Guiana Francesa e países africanos e do sudeste asiático, deve usar repelentes e tomar outros cuidados para evitar picadas de mosquito.
* Zero Hora