terça-feira, agosto 23, 2011

Slater - ECO


Dicas:
Com alguns cuidados é possível evitar incêndios e a poluição do meio ambiente. Leia as dicas abaixo e comece agora mesmo a colocá-las em prática:

- Para realizar a queimada controlada é necessário obter autorização do Ibama e seguir rigorosamente as normas de segurança. Procure o Órgão Ambiental do seu município para informações.

- Antes da queima controlada isole a área com a construação de aceiros - barreiras que impedem a propagação das chamas. Estes podem ser feitos em forma de vala ou limpeza do terreno, e devem ter no mínimo 2 metros de largura.

- Quando for realizar queima controlada, prefira o início da manhã ou à noitinha, quando a temperatura é mais baixa e a vegetação está mais úmida.

- Em acampamentos, isole a fogueira com pedras e umedeça a área ao redor. Lembre-se: apague com água o resto da fogueira para evitar que o vento leve as brasas para a mata e provoque um incêndio.

- Não jogue pontas de cigarro acesas próxima a qualquer tipo de vegetação.

- É proibido o uso de fogo em áreas de reservas ecológicas, preservação permanente e parques florestais.

- Não solte balões pois muitas vezes eles caem acesos e podem originar queimadas. Fogos de artifício, rojões e bombinhas também são proibidos próximo à mata.

- Não coloque fogo em terrenos baldios. Folhas secas e lixo doméstico podem ser amontoados e originar um excelente adubo para fertilizar jardins, hortas e pomares.

- Produtor rural: evite a realização de queimadas. Busque formas alternativas de manejo de pastagens na Embrapa, no Ibama ou nos Órgãos Ambientais Estaduais.

Curiosidades:
Saiba quais são os tipos de incêndio:
- Rasteiro ou superficial: Tem muitas chamas, alastra com muita rapidez e libera muito calor. Queima folhas, gravetos e restos em decomposição.

- Subterrâneo: Alastra-se de forma lenta e não libera fumaça, dificultando sua identificação. Queima raízes e camadas de húmus ou turfas no subsolo.

- Copa: Atinge a copa das árvores por isso se alastra rapidamente. É o mais difícil de se combater e possui grande poder de destruição.

Quem não respeita o meio ambiente fica sujeito às seguintes penalidades:
- É obrigado a reparar qualquer dano ambiental.

- Pode perder ou sofrer restrições nos benefícios concedidos pelos órgãos públicos.

- É obrigado a pagar multas.

- Pode ser processado e preso de acordo com a Lei de Crimes Ambientais (Lei federal nº 6.905/98)

O que pode influenciar o comportamento do fogo:
- Terreno e Relevo: em declives, o fogo sobe mais rápido pois o ar quente tende a subir.

- Combustível: folhas e pequenos ramos são mais fáceis de queimar; troncos e raízes queimam mais devagar; plantas vivas e folhas verdes queimam com muita dificuldade.

- Clima: ar seco ajuda na combustão, e o vento aumenta a velocidade do fogo.


A “Árvore da Consciência” é um espaço para divulgação das empresas e ong’s que enviam conteúdo, participam das ações do Preserve MT ou tem projetos e ações voltadas a preservação do Meio Ambiente em Mato Grosso.

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Pecuária verde é possível

Thais Iervolino / Amazonia.org.br Ambientalistas, representantes de organizações e produtores rurais buscam tirar da pecuária o papel de vilã do meio ambiente brasileiro e mostram quais os mecanismos para isso.

Pecuária sustentável. Um termo que muitos poderiam ver como um paradoxo - já que a atividade é uma das grandes responsáveis pela devastação da Amazônia - pode ser real. É o que ambientalistas, o setor financeiro e da pecuária, além de grandes empresas atreladas ao tema vêm buscando.

Atualmente, a atividade tem uma forte relação com o desmatamento da floresta Amazônica. Em 1990, quando o rebanho bovino no Brasil era de cerca de 20 milhões cabeças de gado, o índice de devastação da Amazônia foi de 400 mil hectares. Já em 2006, quando houve um aumento para mais de 70 milhões de bois no país, o desmatamento chegou a 700 mil hectares.

"Como o desflorestamento é a principal causa das emissões de gases do efeito estufa, a responsabilidade da pecuária é grande. 44% das emissões no Brasil são causadas por ela, enquanto que a atividade contribui pouco para a economia brasileira [2% do PIB]. É preciso reavaliar o setor", alertou Paulo Barreto, pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), durante o Workshop Internacional sobre Soluções para o Desmatamento e Emissões de Gases de Efeito Estufa Causadas pela Expansão da Pecuária, que aconteceu em São Paulo nos dias 26 e 27 de agosto.

Segundo ele, para que o país cumpra as metas no Plano Nacional de Mudanças Climáticas - reduzir em 70% o desmatamento - é preciso tornar a atividade mais intensiva. Ao contrário disso, o que tem existido no Brasil é a forte - e quase total - presença da pecuária extensiva. Segundo Barreto, isso aconteceu "principalmente porque a terra é de graça ou muito barata. Por outro lado, a pecuária semi-intensiva e intensiva que requer investimentos (adubação do pasto, melhoria genética do gado, etc) é menos rentável, já que esses insumos custam mais do que a terra gratuita ou muito barata".

Desta forma, segundo o especialista, "a doação de terras vai consolidar o modelo de uso extensivo (mais desmatamento) em vez de incentivar o investimento para aumentar a produção por meio do aumento de produtividade das áreas já desmatadas".

Além do subsídio da terra, o controle ambiental fraco, o financiamento e um mercado tolerante promovem o tipo de pecuária predominante no país até hoje. De acordo com o ambientalista, US$ 3,5 bilhões foram destinados ao financiamento da atividade. Para mudar o quadro, é preciso que haja regularização fundiária e ambiental efetivas, além da rastreabilidade.

Boi verde e mais lucrativo

Roberto Smeraldi, diretor da organização Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, também concorda que a única saída para haver sustentabilidade na atividade é a intensificação de sua produção. O diretor, que promoveu o Workshop, visitou três fazendas de pecuária intensiva e viu que é possível que haja sustentabilidade ao mesmo tempo em que não se perde rentabilidade e lucro. "Na visita, tivemos a oportunidade de nos aproximar de fazendas cujos elementos destoam dos padrões regionais. O índice de produtividade é três vezes maior do que o de uma fazenda normal. São fazendas que tiveram, em 2008, um lucro de 40% a 47%", disse.

Questões socioambientais também são melhores nessas propriedades. "Enquanto a pecuária tradicional gera 1 emprego por 400 hectares (ha), nas fazendas mais sustentáveis essa proporção é de 1 para cada 80 ha, e com todos os trabalhadores registrados na CLT. Outra diferença é que na fazenda sustentável o animal chega para o abate com metade da idade, emitindo a metade de metano por quilograma de carne consumido", contou.

Segundo o chefe geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) do Acre Judson Valentim, enquanto cerca de 30 bois são vendidos por hectare no sistema tradicional, na pecuária intensiva são 87 cabeças de gado vendidas. Para ele, o discurso de que a questão financeira impediria a mudança do paradigma para uma pecuária menos devastadora não é real. "Na realidade, quando se aumenta a produtividade, o custo pela tecnologia - em proporção ao número de gado criado - é menor".

Quem paga a conta

"Sempre há o discurso de que o governo tem que criar mecanismos para que o setor financeiro deixe de financiar atividades que não agridam o meio ambiente. Ao mesmo tempo fala-se sobre a necessidade de se ter financiamento para que essas ações aconteçam. É preciso sair desse círculo vicioso", diz Smeraldi.

Para o diretor, a pecuária intensiva está totalmente atrelada à preservação do bioma Amazônia. "A intensificação não é suficiente, mas necessária para recuperação [de áreas degradadas]". De acordo com Smeraldi, o desafio para ações sustentáveis no setor, além da reorientação do financiamento e de se criar instrumentos novos, é a implementação dos mecanismos que já existem.

Caminho

Para que a pecuária no Brasil siga esses exemplos, os participantes do evento - entre eles pecuaristas, representantes de instituições financeiras e organizações sociais - apontaram alguns desafios e ações. Veja abaixo alguns deles:

- Profissionalização da classe produtora. Para isso, é preciso que haja uma capacitação de gestão da propriedade;

- Acesso às novas tecnologias;

- Existência de programas de incentivo para recuperação de pastagens;

- Facilitação a crédito para financiamento. A sugestão, neste caso, é que os créditos sejam abatidos dos serviços ambientais prestados pelos produtores;

- Resolver o problema fundiário com a implementação da Medida Provisória sobre regularização fundiária e a modernização de cartórios;

- Resolução de passivo ambiental da reserva legal da propriedade;

- Falta de apoio às instituições de pesquisa na Amazônia para o desenvolvimento de tecnologias e conhecimento para a intensificação da pecuária sustentável;

- Falta de diferencial de preços para produtos de mais qualidade, com certificação de origem e de sistemas mais intensivos.

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