Como tirar colas de adesivo?
1. água fervendo – Quanto mais quente, mais eficaz.
Colas geralmente derretem (ou se tornam mais fluidas) sob calor
excessivo e ao usar água (ao invés de colocar o vidro no forno, por
exemplo) você ainda ganha vantagem mecânica, fazendo com que tudo
escorra ao ser carregado por ela e possibilitando manuseio rápido e
preciso (com proteção para as mãos). Água com sabão também funciona bem,
mas cuidado, pois água ensaboada tende a “crescer” enquanto ferve;
2. borra de café, areia fina, sapólio ou outro abrasivo leve
– O método acima funciona ainda melhor com a introdução de atrito ao
procedimento. É possível usar escovas, mas aí você iria precisar tirar a
cola das cerdas depois. Papel também é útil mas tende a se desfazer e
ficar colado justamente no lugar onde você não quer cola. Assim, você
quer algo para esfregar mas que nem se junte ao adesivo nem precise ser
limpo mais tarde.
Usar pó de café porque é bem menos abrasivo que areia ou
sapólio, faz menos sujeira que ambos (areia é difícil de escorrer pelo
ralo, sapólio enche o mundo com espuma) e é bastante abundante na minha
casa.
Eu costumo encher a mão com o pó molhado e esfregá-lo na superfície. A
borra “raspa” sem arranhar e se agrega à cola em minúsculas porções, o
que permite uma lavagem fácil depois (talvez você perceba também que pó
de café é surpreendentemente oleoso).
3. álcool
– Quanto mais puro, melhor (eu uso um com concentração de 93%). Algumas
colas resistem bravamente à água e sabão, mas se derretem completamente
na presença de álcool, especialmente sobre superfícies metálicas.
Derrame um pouco de álcool e passe um pedaço de papel absorvente para
que a cola seque nele, presa em suas fibras.
Acetona funciona bem também, mas eu nunca controlei para eficácia e
tenho bem mais álcool que acetona em casa (prefiro tirar o esmalte com
uma faquinha).
4. mais da cola original – Essa eu aprendi ainda
criança, quando estourei uma bola de chiclete ao redor da minha boca e
só fui salvo pelo mesmo chiclete. Alguns adesivos, como o de fitas
transparentes do tipo “durex”, são muito bons em atrair a si próprios e
pouco eficientes em aderir à superfícies se o tempo de contato for
suficientemente curto. Logo, usando essas duas propriedades, você pode
tirar aquele resto de cola que ficou na sua escrivaninha usando um
pedaço da mesma fita, batendo rapidamente a parte adesiva sobre os
resíduos (como se estivesse batendo uma bola de basquete ou aplicando
base no rosto). As colas se atraem e tendem a ficar na fita (onde as
bordas da película de grude não estão expostas, mas isso não é assunto
para este blogue).
5. sua mão
– É sério. Algumas colas saem com um pouco de paciência e fricção com o
couro dos dedos. Se utilizando da propriedade atrativa citada acima, a
cola (que gosta de se pregar nela mesma) vai juntando em bolinhas
enquanto você esfrega a superfície. Funciona bem com cola branca
derramada em superfícies não-absorventes.
Algumas combinações, como papel sobre vidro (garrafas de vinho, por
exemplo), deixam zero resíduo quando o objeto é deixado de molho por
algumas horas em água natural.
Lembre-se: sempre adeque o método aos materiais.
Existem ainda produtos específicos para esse fim, mas são vendidos a
preço de ouro (quando não mais caros) e, se você pode usar as técnicas
descritas acima, para quê gastar dinheiros desnecessariamente?
Infelizmente algumas colas queimam superfícies após muito tempo de
contato, especialmente após exposição prolongada à luz. E, algumas
vezes, o que você acha que é resto de cola é na verdade a fita se
desmanchando de velha.
Nesses casos só uma camada de tinta resolve (depois de uma sessão de lixa).
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