País tem quase 20 mil vagas em concursos públicos
Há oportunidades para todos os níveis de escolaridade; salários chegam a R$ 20 mil
Os concursos públicos com inscrições abertas até a última semana deste mês oferecem, juntos, 19.522 oportunidades de trabalho com salários de R$ 292,43 a R$ 20.677,84.
As vagas são para todos os níveis de escolaridade, desde o fundamental incompleto até o nível superior.
Os cargos estão espalhados por todos os Estados e o Distrito Federal. Algumas vagas oferecidas são para os profissionais da área de comunicação, enfermagem, engenharia, tecnólogo, entre outros.
O Ministério Público do Amapá é o que oferece o maior salário desta semana, com vencimento de R$ 20.677,84 para o cargo de promotor público. São 40 vagas disponíveis, as inscrições vão até o dia 2 de julho. A taxa para fazer a prova é de R$ 155.
Já o concurso público que oferece o maior número de oportunidades é o dos Correios. As vagas são para o programa Jovem Aprendiz, com 820 oportunidades de emprego. A bolsa auxilio é de R$ 292,43 e os jovens terão ainda vale-transporte, vale-alimentação ou refeição, uniforme e atendimento médico e odontológico nos ambulatórios internos da empresa, onde houver este serviço. As inscrições podem ser feitas por jovens entre 14 a 20 anos e vão até o dia 4 de julho no site dos Correios.
Na sexta-feira (29), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação abre as inscrições para o concurso público que oferece 510 oportunidades de emprego para os níveis médio e técnico. Os salários vão de R$ 2.705,38 a R$ 9.157,15, as inscrições vão até o dia 16 de julho no site da Cespe/UnB. A taxa de inscrição varia de R$ 64 a R$ 87.
A Polícia Federal continua com as inscrições abertas do concurso público para o preenchimento de 600 vagas nos cargos de escrivão, delegado e perito criminal. Os salários variam de R$ 7.514,33 a R$ 13.368,68, de acordo com o cargo escolhido. Os interessados devem ter nível superior e se inscrever até o dia 9 de julho no site da Cespe/UNB, organizadora do concurso. A taxa de inscrição varia de R$ 125 a R$ 150.
Venda de tablets cresce 351% no País
Brasil deve fechar 2012 com venda de 2,5 milhões de aparelhos

Mais de 370 mil aparelhos foram vendidos nos três primeiros meses do ano
Nos cálculos da IDC, o Brasil deve fechar 2012 com a venda de 2,5 milhões de aparelhos, ante 800 mil do ano passado - alta de 212,5%. Em 2010, foram 110 mil. O analista para o mercado de tablets da IDC, Attila Belavary, disse:
— A taxa de crescimento da venda de tablets é mais acelerada que a dos notebooks e desktops.
Neste ano, para cada quatro notebooks ou netbooks, deve ser vendido um tablet, projeta a IDC. No ano passado, essa relação era de dez para um. Já para cada sete notebooks e desktops este ano deve ser vendido um tablet, ante uma relação de 18 para um em 2011.
O grande indutor desse aumento é a redução dos preços. Algumas empresas nacionais já contam com os benefícios tributários concedidos pelo governo por meio do PPB (Processo Produtivo Básico), como a Positivo. Já as multinacionais Samsung e Motorola também usufruem da medida por fabricarem localmente. A estimativa da IDC era de que, no início do ano passado, apenas 3% dos
tablets custassem abaixo de R$ 1.000, porcentual que se elevou a cerca de 33% nos primeiros três meses deste ano.
O diretor de Estudos de Mercado da consultoria IT Data, Ivair Rodrigues, explica o crescimento.
— Antes, eram poucas as opções e os tablets eram muito caros.
Atualmente, no mercado brasileiro há uma divisão básica entre três faixas de preços por marcas: o iPad, da Apple, na maior; o Galaxy, da Samsung, e o Ypy, da Positivo, entre outras, no meio; e os importados de marcas menos conhecidas, a maioria chinesa, na faixa de baixo.
— Os mais baratos representaram cerca de metade das vendas do setor em 2011.
Ele alerta, porém, que os consumidores podem ficar "decepcionados" com esses aparelhos, pela limitação tecnológica. — Às vezes, os fabricantes reduzem os preços, mas os consumidores continuam preferindo o iPad.
Nacionais
A Positivo Informática lançou em setembro de 2011 o seu tablet, o Ypy, e as vendas superaram as expectativas, afirma a diretora de desenvolvimento de produtos, Adriana Flores. "Se tivéssemos mais produtos, poderíamos estar vendendo mais." Ela conta que o foco da companhia segue na classe média, com aparelhos na faixa de R$ 999 e sistemas operacionais em português. Não é objetivo da Positivo concorrer com o iPad.
Segundo ela, a empresa vai colocar em prática a segunda fase do projeto de seu tablet, com a diversificação dos produtos, após os testes para avaliar a receptividade dos consumidores.
— Não sabíamos nem como seriam as vendas do tablet entre os com 3G, mais caro, e os com Wi-Fi. Mas chegamos ao dado de que para cada oito com 3G sai um com Wi-Fi.
Sobre o 4G, ela diz que a empresa já tem planos para a nova tecnologia.
Na primeira fase, a Positivo focou nos aparelhos com telas de 7 polegadas. Agora, quer ampliar a venda do tablet com tela de 9,7 polegadas, também lançado em 2011. Ela evitou falar em números, mas destacou que a companhia pode facilmente ampliar a produção alterando as linhas da fábrica em Curitiba (PR) de notebooks ou desktop para tablets.
Outra fabricante nacional é a DL, cujo público são as classes C e D. As vendas começaram no primeiro semestre do ano passado, com cerca de 1.000 peças por mês, diz o diretor da empresa, Paulo Xu. Porém, cresceram apenas quando a empresa reposicionou os produtos na faixa a partir de R$ 399. No último trimestre do ano passado, as vendas mensais atingiram 86 mil peças.
— Não queremos as classes A e B. Queremos completar este mercado, com preços para atender todos os bolsos.
Neste ano, a demanda continua aquecida e a DL investe para aumentar a capacidade produtiva. De janeiro a maio, a produção já subiu 150% e, até agosto, a empresa projeta mais 300%, com foco nas encomendas de fim de ano das grandes redes varejistas.
Notebooks
Mesmo com a aceleração das vendas, os especialistas ainda enxergam espaço para o aumento das vendas de notebooks e desktops. Isso porque as taxas de penetração ainda são baixas, quando comparadas a mercados mais maduros. Segundo dados da FGV (Fundação Getúlio Vargas), existe cerca de um computador para cada dois habitantes no Brasil, enquanto nos EUA é de 1,1 para cada americano. Belavary, da IDC, destacou:
— Nos EUA já se vende quase um tablet a cada PC.