Protestos contra o governo do Egito deixam dois mortos e pelo menos 440 feridos
Manifestantes se reuniram na terça-feira (27), na praça Tahrir, no
Cairo, capital do Egito, para exigir do presidente egípcio, Mohamed
Mursi, a revogação do decreto que ele editou concedendo a si mesmo
amplos poderes, sem direito a contestação. O decreto reduz os poderes do
Judiciário e do Legislativo. A ação de Mursi causou críticas e ele
reagiu, informando que o decreto era apenas provisório. A reação foi
insuficiente para impedir os protestos.
Os manifestantes gritavam frases como "A revolução continua" e "O povo
quer a queda do regime". A Irmandade Muçulmana, que apoia Mursi,
promoveu uma manifestação em favor do governo para reagir aos protestos.
Em várias cidades egípcias, houve confrontos entre manifestantes e simpatizantes do governo. Em meio aos protestos, dois homens – um, de 28 anos, e outro, de 56 – morreram depois de inalar um gás lançado pelas forças policiais.
Participaram dos protestos personalidades de destaque no país, como o Prêmio Nobel da Paz Mohamed ElBaradei, que disputou as eleições presidenciais, Sabahi Hamdin e o escritor Alaa El Aswany.
Na cidade industrial de Mahalla El Kobra, os manifestantes tentaram invadir a casa do Partido Liberdade e Justiça (JLP), braço político da Irmandade Muçulmana. Houve confrontos entre os grupos com bombas e pedras lançadas. Pelo menos cem pessoas ficaram feridas. Os manifestantes também incendiaram a sede do partido JLP, na cidade de Mansura.
Na segunda-feira (26), o Ministério da Saúde informou que a série de protestos provocou 440 feridos. No mesmo dia Mursi disse que o decreto se destinava apenas a garantir a soberania do Egito e que tinha prazo limitado. Mas não indicou quando pretende revogá-los. A oposição apelidou o presidente de faraó, como crítica às ações de Mursi.
Em fevereiro de 2011, a Praça Tahrir foi palco de uma série de protestos contra o então presidente Hosni Mubarak. As manifestações levaram à renúncia de Mubarak, que está internado em um hospital militar da capital egípcia à espera de julgamento.

Foto 1
- Manifestante se prepara para jogar granada de gás lacrimogêneo de
volta para policiais, nesta quarta-feira (28) no Cairo (Egito). A
polícia tentou dispersar centenas de pessoas que protestavam na Praça
Tahrir contra os decretos assinados pelo presidente Mohamed Mursi, que
lhe garantem mais poderes Mahmoud Khaled/AFP
Em várias cidades egípcias, houve confrontos entre manifestantes e simpatizantes do governo. Em meio aos protestos, dois homens – um, de 28 anos, e outro, de 56 – morreram depois de inalar um gás lançado pelas forças policiais.
Participaram dos protestos personalidades de destaque no país, como o Prêmio Nobel da Paz Mohamed ElBaradei, que disputou as eleições presidenciais, Sabahi Hamdin e o escritor Alaa El Aswany.
Na cidade industrial de Mahalla El Kobra, os manifestantes tentaram invadir a casa do Partido Liberdade e Justiça (JLP), braço político da Irmandade Muçulmana. Houve confrontos entre os grupos com bombas e pedras lançadas. Pelo menos cem pessoas ficaram feridas. Os manifestantes também incendiaram a sede do partido JLP, na cidade de Mansura.
Na segunda-feira (26), o Ministério da Saúde informou que a série de protestos provocou 440 feridos. No mesmo dia Mursi disse que o decreto se destinava apenas a garantir a soberania do Egito e que tinha prazo limitado. Mas não indicou quando pretende revogá-los. A oposição apelidou o presidente de faraó, como crítica às ações de Mursi.
Em fevereiro de 2011, a Praça Tahrir foi palco de uma série de protestos contra o então presidente Hosni Mubarak. As manifestações levaram à renúncia de Mubarak, que está internado em um hospital militar da capital egípcia à espera de julgamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário